sexta-feira, 29 de março de 2013

Falta de água faz crescer o número de carros-pipa clandestinos

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Falta de água faz crescer o número de carros-pipa clandestinos

A Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa), vinculada à Secretaria Estadual de Saúde (SES), alerta que a água proveniente de fontes ilegais é um chamariz de doenças

É cada vez maior o número de pessoas que recorrem aos carros-pipa / Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem

É cada vez maior o número de pessoas que recorrem aos carros-pipa

Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem

O primeiro mês de racionamento no Grande Recife aumentou em cerca de 50% a procura por carros-pipa. Empresas, estabelecimentos comerciais, condomínios e residências têm recorrido cada vez mais ao expediente para não ficar a seco. A impossibilidade de as fornecedoras do produto assimilarem a alta demanda criou um problema tão grave quanto a falta d’água: a explosão de distribuidoras clandestinas. A Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa), vinculada à Secretaria Estadual de Saúde (SES), alerta que a água proveniente de fontes ilegais é um chamariz de doenças.

De acordo com o gerente-geral da Apevisa, Jaime Brito, lei estadual em vigor desde o ano passado normatiza o abastecimento de água por meio de fontes alternativas e estabelece condições e especificações para seu funcionamento. “Nas empresas clandestinas, é grande o risco de contaminação da água. Elas não obedecem aos critérios exigidos e, como nossa rede de esgoto é deficiente e seu lançamento ocorre no solo mesmo em algumas partes, então podemos ter distribuidoras oferecendo água contaminada por esgoto”, explica.

O risco, segundo ele, é contrair alguma doença de veiculação hídrica, como diarreia, cólera, hepatite A ou dermatite. “É algo que pode evoluir para problemas mais sérios”, orienta.

A reportagem entrou em contato ontem com algumas fornecedoras legais de água através de carros-pipa. Recebeu delas a reclamação unânime de que a explosão de empresas clandestinas, além dos perigos à saúde, prejudica o mercado. A Apevisa informou que a fiscalização das empresas clandestinas é responsabilidade da Vigilância Sanitária dos municípios.
FONTE JC ON LINE.

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