Família e amigos fazem homenagem e vestem saias no enterro de jornalista
Ele era homossexual e foi enterrado nesta quarta, em Santo Antônio de GO.
Lucas Fortuna foi encontrado morto em praia de Pernambuco, no domingo.

O corpo do jornalista Lucas Fortuna foi sepultado na tarde desta
quarta-feira (21), no cemitério municipal de Santo Antônio de Goiás,
cidade da Região Metropolitana de Goiânia. Ele era homossexual e foi
encontrado morto em uma praia de Calhetas, em Cabo de Santo Agostinho
(PE), na manhã de domingo (18). Em homenagem a Lucas, amigos e
familiares, inclusive o pai de Lucas, usaram saia durante o velório e o
enterro.

Velório do jornalista goiano Lucas Fortuna
“Ele participou de vários encontros de comunicação e levantou a
discussão do gênero [masculino e feminino] dentro desses espaços. Na
defesa dessa bandeira, ele começou a ir aos encontros usando saia. Essa
homenagem foi para que as saias dele continuem rodando”, disse ao G1 a irmã de Lucas, Isabela Daruska da Paixão, na tarde desta quarta.
Morte
O jornalista, de acordo com a polícia de Cabo de Santo Agostinho, estava apenas de cueca quando foi achado pelos policiais na praia. Ele estava na cidade para participar de um evento de vôlei. Ele seria árbitro de um campeonato, segundo amigos da vítima relataram à polícia. Ninguém foi preso.
O jornalista, de acordo com a polícia de Cabo de Santo Agostinho, estava apenas de cueca quando foi achado pelos policiais na praia. Ele estava na cidade para participar de um evento de vôlei. Ele seria árbitro de um campeonato, segundo amigos da vítima relataram à polícia. Ninguém foi preso.
Amiga de Lucas há 10 anos, a funcionária pública Elaine Gonzaga
acredita que a homofobia motivou o crime: "A gente tem certeza que é uma
questão homofóbica". Segundo ele, a identidade de Lucas estava rasgada
ao meio.
O jornalista era homossexual ativista do movimento lésbicas, gays,
bissexuais, travestis e transexuais (LGBT) e presidente do Partido dos
Trabalhadores (PT) de Santo Antônio de Goiás. "Para mim, o mais
importante não é descobrir quem o matou, mas sim que os ideais que ele
defendia, como a liberdade de expressão e respeito aos homossexuais,
continuem vivos", disse o pai, Avelino Mendes Fortuna, de 57 anos.
O Disque-Denúncia Pernambuco divulgou, nesta quarta-feira, que vai
oferecer recompensa de R$ 3 mil para quem repassar informações sobre a
morte do jornalista.
FONTE G1PE.
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