quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Nordeste responde por 20% dos usuários das redes sociais no Brasil

INTERAÇÃO

Nordeste responde por 20% dos usuários das redes sociais no Brasil

Facebook é considerado canal preferencial - mas ainda há uso do Orkut


Hoje em dia, quem não tem um perfil em qualquer rede social que seja é uma exceção. Cerca de 90,8% dos brasileiros já estão presentes nestas páginas, segundo pesquisa realizada, recentemente, pela ComScore. Os nordestinos não poderiam estar mais integrados. Somos da 2ª região que mais utiliza as redes sociais, perdendo, apenas, para o Sudeste e ficando na frente do Sul, Centro-Oeste e Norte.
Apesar da alta presença nas redes sociais, representando cerca de 20% do universo de pessoas em todo o Brasil, somos reservados quando o assunto é interação. “Podemos afirmar que 74% dos perfis nordestinos são passivos. Eles são feitos para verem mais do que para serem vistos”, disse o Diretor de Planejamento da Hello Research, agência responsável pela pesquisa, Guilherme Cavalcante.
Arte: Liz França
Nordestino pode publicar e compartilhar menos, mas faz parte de grupo que consome bastante conteúdo
Em contrapartida, os usuários do Nordeste são os que mais utilizam as ferramentas de chat. Aproximadamente 78% dos usuários ainda utilizam o MSN. “Essa incidência muita maior que nas outras regiões. O gosto pelo chat e o uso frequente indica que o nordestino usa as redes sociais, sobretudo, para se comunicar com amigos e familiares”, explica Guilherme Cavalcanti.
Essa teoria é comprovada pelo número que diz que 71% das pessoas acessam o Facebook com o objetivo acompanhar o que acontece no dia-a-dia dos amigos e familiares. Outras 44% buscam na rede social, apenas, uma forma de comunicação mais rápida com estas pessoas. O compartilhamento de fotos e vídeos ocupa a terceira colocação entre as preferências, com 34% dos votos.
Essa postura, no entanto, não é muito percebida pelo o designer, Diego Santos, de 23 anos. "Tem muito stalker nas redes, mas acho que ainda há muita gente postando e alimentando as páginas. Verdade que existe os mais tímidos, mas quase sempre que chamados, respondem. Todos que postam, independente da rede social, esperam chegar a alguém", afirmou o designer, que utiliza as redes para se informar, conhecer lugares e coisas novas e novidades em relação a profissão.
Apesar de postar muito, Diego confessa que prefe ficar ausente de algumas discussões. "Na maioria das vezes é complicado transparecer opinião sobre um determinado assunto. Prefiro curtir para sinalizar que concordo, só quando estou mais inteirado do assunto. Quando é pra ajudar é que compartilho", disse Diego, que faz uso frequente do Facebook e do Twitter, do Pinterest, do decora.me, do Foursquare e do Instagram.
Para o nordestino, e boa parte dos brasileiros, o Facebook é considerado o canal preferencial. Mas boa parte da população ainda utiliza o Orkut, principalmente pessoas das classes mais baixas. Boa parte desse grupo, em sua maioria mulheres que representam cerca de 31% do público, acessa a rede social, pelo menos, uma vez por dia, enquanto outros 20% acessam até duas vezes por semana.
Normalmente, esses usuários, 64% deles, costumam a publicar conteúdos que remetem a citação de coisas pessoais. Eles postam fotos de família e amigos, fazem check-in e comentam sobre situações da vida deles. Essas publicações têm o respaldo de 48% dos usuários. Frases de autoajuda e piadas de humor, assim como vídeos virais são lembrados por 32% das pessoas.
O comportamento aparentemente passivo, no entanto, pode enganar. “O nordestino pode publicar, compartilhar e curtir menos, porém ele faz parte de um grupo que consome bastante conteúdo”, constatou o Diretor de Planejamento da Hello Research. “Trabalho e negócios é o conteúdo mais consumido, seguido por aqueles relacionados a humor”, acrescenta.
De acordo com Cavalcante, o crescimento do número de usuários nas redes sociais e, consequentemente, o resultado dessa pesquisa, está ligado ao uso de gadgets. “Não foi uma surpresa, para nós, a posição em que ficou a região Nordeste. Com o crescimento sócio-econômico da região, isso só vai ajudar o crescimento do consumo de redes na região”, concluiu o diretor. 
FONTE FOLHAPE

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