Ex-vereador de Carpina, PE, é preso acusado de desviar R$ 800 mil
Edilson Gomes é acusado de crimes como peculato e lavagem de dinheiro.
Ele alega que assinava documentos por ser presidente da Câmara.
Ex-vereador de Carpina, PE, Edilson Gomes da Silva
(Foto: Reprodução/TV Globo)
(Foto: Reprodução/TV Globo)
Foi preso no fim da manhã desta sexta-feira (28) o ex-presidente da
Câmara Municipal de Carpina, Edilson Gomes da Silva. Ele é acusado de
desviar R$ 800 mil em diárias durante o mandato de 2005/2012 e foi
detido quando chegava ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) para
encontrar com seu advogado, sem saber sequer que havia um mandado de
prisão emitido contra ele. A investigação criminal está sendo conduzida
pelo Ministério Público, com apoio da Polícia Civil. Edilson Gomes da
Silva responderá pelos crimes de peculato, falsificação de documentos,
falsidade ideológica, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.
Outros crimes ainda estão sendo investigados.
As diárias eram liberadas para que vereadores de Carpina participassem
de congressos. Em entrevista, Edilson Gomes da Silva afirmou que assinou
os documentos porque era gestor e tudo era perfeitamente legal. “Tudo
vai ser esclarecido. Os vereadores participavam de congressos”, afirmou.
Ele foi levado inicialmente à 11ª Delegacia Seccional de Goiana para
prestar depoimento. Depois, foi mandado ao Instituto de Medicina Legal
(IML) no Recife
para realização de exame de corpo de delito e, em seguida, será
encaminhado ao Centro de Triagem (Cotel), em Abreu e Lima, na Região
Metropolitana do Recife. “Ele acha que é inocente porque não precisava
confirmar se o vereador ia ou não para os eventos”, comenta o promotor
de Justiça Epaminondas Tavares.
O ex-vereador era conhecido como Edilson da Ambulância porque há 12
anos mantinha veículos para prestar este serviço aos moradores do
município. Comerciante, ele tem 41 anos. Atualmente, exerce o mandato de
secretário de Obras de Carpina. Na fazenda dele foram encontrados
dezenas de móveis e computadores – o suficiente para encher um caminhão.
Edilson alega que os computadores eram de uso pessoal e os móveis,
sucata.
“Na hora da busca procurávamos documentos e outras provas. Encontramos
birôs e cadeiras que eram patrimônio da Câmara de Carpina com etiqueta
de tombamento. Outros vários móveis tinham tido a etiqueta arrancada.
Eram bens públicos, divisórias, porta de gabinete de vereadores com a
placa... Literalmente foi recolhido um caminhão de objetos e devolvido à
Câmara ontem [27]. Fiquei emocionado com a devolução”, afirma
Epaminondas Tavares. Segundo ele, outras pessoas são suspeitas de
envolvimento no esquema, mas os nomes não serão divulgados para não
atrapalhar as investigações.
FONTE: G1 PE.
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