quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Caos e desordem tomam conta do Centro do Recife durante protesto nesta quarta-feira

Caos e desordem tomam conta do Centro do Recife durante protesto nesta quarta-feira

Manifestantes atearam fogo em um ônibus e entraram em confronto com policiais



Manifestantes protestam em favor do Passe Livre Crédito: Geison Macedo


Atualizada às 19h30
Um novo confronto entre policiais militares e manifestantes do chamado 'Black Bloc' aconteceu, na noite desta quarta-feira (21), durante um protesto pela implantação do Passe Livre, em frente ao prédio da Câmara Municipal dos Vereadores. Os PMs lançaram bombas de efeito moral e dispararam balas de borracha. Alguns comerciantes foram alvo de arrastões. Uma fonte relatou que vândalos entraram em um ônibus e tomaram pertences de passageiros e o dinheiro apurado pelo cobrador. A informação ainda não foi confirmada pela Polícia Militar.
Um grupo mais radical de aproximadamente 20 pessoas, membros de um movimento denominado "Unidade Vermelha", teria depredado o edifício onde funciona a Câmara, na rua Santa Isabel, forçando a polícia a agir de forma enérgica. Houve resistência. Há relatos que os integrantes do grupo utilizaram táticas de guerrilha para atacar os policiais. Eles tinham em punho escudos artesanais, vestiam máscaras e se revezavam nas investidas. Neste momento, o clima ficou tenso e houve muita correria. Dois garis e dois transeuntes teriam se ferido. Não há informações sobre presos.
Ônibus é depredado e incendiado no Centro do Recife
Durante o ato, uma motocicleta da CTTU foi incendiada e uma estação de bicicletas foi destruída. Uma viatura do Corpo de Bombeiros foi atacada com coquetéis molotov. O prédio da Câmara teve as vidraças quebradas por pedradas. Um ônibus da empresa Caxangá foi totalmente incendiado, na rua do Príncipe. Outros três coletivos, que estavam estacionados atrás, foram completamente destruídos (veja o vídeo).
Bicicletário foi depredado
De acordo com um dos integrantes do Movimento pela Luta do Passe Livre, identificado apenas como Pedro, o intuito do protesto era inteiramente pacífico, entretanto, após a ação da polícia ainda na Conde da Boa Vista, os manifestantes se revoltaram e decidiram partir para o vandalismo. "O movimento da Luta pelo Passe Livre não se responsabiliza pelos atos de vandalismo que ocorreram nesta tarde, cada um age individualmente. O movimento começou pacífico e só deixou de ser quando a polícia chegou se prevalecendo da violência. Por conta disso, houve a revolta", disse o membro.
Apesar do fim da manifestação e da liberação da Cruz Cabugá e da rua Santa Isabel, o trânsito tornou-se ainda mais caótico que o usual no Centro. Participaram da manifestação policiais militares, da Rádio Patrulha, da Tropa de Choque, além de agentes da CTTU e homens do Corpo de Bombeiros. 






Ato na Boa Vista
Protesto na Conde da Boa Vista
Manifestantes que protestavam pela implantação do Passe Livre entraram em confronto com a Tropa de Choque durante passeata na tarde desta quarta-feira (21) na avenida Conde da Boa Vista, Centro do Recife. Há informações de que algumas pessoas subiram em ônibus e depredaram alguns estabelecimentos e coletivos, inclusive a área externa do cinema São Luiz foi atingida. Para controlar o grupo mais exaltado, a polícia precisou lançar bombas de gás lacrimogêneo e disparar balas de borracha. Houve correria e tumulto. Duas pessoas ficaram feridas. Não há informações sobre prisões. De acordo com a Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU), o trânsito na avenida foi liberado.
Munidos de faixas, cartazes e bradando gritos de guerra, o grupo, com cerca de 150 manifestantes, tomou a avenida para exigir a abertura de uma CPI na Câmara dos Vereadores, para investigar as empresas de ônibus, além de uma audiência com o prefeito Geraldo Julio e que o pedido de tramitação do Projeto de Lei do Passe Livre para estudantes seja reafirmado. Os integrantes da Frente de Luta pelo Transporte Público realizaram a primeira ocupação no último dia 8. Eles estiveram reunidos desde às 13h, na frente da Escola Estadual Luiz Delgado, que fica na praça 13 de Maio, no centro do Recife. 
Cortesia/Twitter @Jeimisonds
Alguns ônibus foram depredados pelos manifestantes
“Decidimos ir às ruas porque o presidente da casa, o vereador Vicente André Gomes, prometeu atender a esses três pontos, mas nada foi feito. E no caso da CPI, o acordo foi de que ele iria esperar nossa articulação para submeter à proposta na Câmara. Isso não foi feito e o procurador arquivou por falta de denúncia”, salientou o integrante do DCE da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), Pedro Joseph.
Segundo comunicado publicado no site da Câmara dos Vereadores do Recife, o presidente da casa, vereador Vicente André Gomes, “decidiu suspender o expediente da Casa Legislativa, tendo em vista a proteção da integridade física dos funcionários, a preservação do serviço de biometria que vem sendo realizado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) nas dependências do prédio, bem como de todo o imóvel, que é patrimônio público e histórico da cidade”. 
Vereadores dizem que manifestantes "deram bolo" 
Os vereadores do Recife, que compõem a recém-criada comissão pela melhoria do transportes públicos do Recife - Eurico Freire (PV), Jayme Asfora (PMDB), Marco Aurélio Medeiros (PTC), Raul Jungmann (PPS) e Wanderson Florêncio (PSDB) -, divulgaram, no início da noite desta quarta-feira (21), uma nota informando que ficaram aguardando para receber os manifestantes  das 15h às 16h30 na sede do Legislativo. No entanto, segundo a nota, nenhum membro do grupo apareceu.
O estranho é que no final da manhã desta quarta-feira (21), temendo ação dos manifestantes, o presidente da Câmara Municipal do Recife, vereador Vicente André Gomes (PSB), decidiu suspender o expediente da Casa Legislativa, tendo em vista a proteção da integridade física dos funcionários bem como de todo o imóvel, que é patrimônio público e histórico da cidade.
Porém, em nenhum momento da nota, Vicente lembrou que mesmo sem expediente, a Casa estava aguardando o grupo de manifestantes.Os vereadores, agora, aguardam a indicação de um grupo de estudantes para iniciar o diálogo com os mesmos, objetivando definir uma pauta de trabalho comum.
FONTE FOLHAPE.

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