Homem carrega cruz por 120 km em busca de ajuda para filha no RS
Servente de pedreiro, Alex da Rosa, saiu de Lajeado na quinta-feira (24).
Bebê sofre de doença degenerativa e tem expectativa de vida reduzida.
Alex da Rosa carrega cruz por rodovia do RS para pedir ajuda para filha (Foto: Rodrigo Martini/Jornal A Hora)
Em busca de ajuda para a filha de nove meses, um homem decidiu percorrer cerca de 120 quilômetros em uma rodovia do Rio Grande do Sul
carregando uma cruz de dois metros nas costas. A filha de Alex da Rosa,
34 anos, sofre de atrofia muscular espinhal (AME), uma doença
degenerativa que deforma o corpo e limita os movimentos.
O servente de pedreiro saiu na quinta-feira (25) de Lajeado, no Vale do Taquari, com destino a Porto Alegre,
pela BR-386. O objetivo é evitar que Pamily, como se chama a menina,
tenha o mesmo destino de outra filha dele, que morreu em decorrência da
doença, há cerca de cinco anos. Desesperado, o homem resolveu pedir por
uma graça divina.
Servente de pedreiro saiu de Lajeado com destino
a Porto Alegre (Foto: Rodrigo Martini/Jornal A Hora)
a Porto Alegre (Foto: Rodrigo Martini/Jornal A Hora)
"O médico (que trata a menina) estava lendo a Bíblia na
quarta-feira à noite e disse que ia fazer a cruz. Pediu ajuda do meu
filho mais velho, colocou no ombro e foi", disse ao G1 Elizabete Rodrigues, de 43 anos, mulher de Alex, com quem tem mais uma filha, de sete anos.
Segundo Elizabete, a criança já passou por avaliação no Hospital de
Clínicas de Porto Alegre e os médicos disseram que a doença não tem cura
nem tratamento. A expectativa de vida da criança poderia ser prolongada
com fisioterapia, mas que ela não viveria muitos anos.
"Ele disse que ela pode viver até os quatro anos, mas que não chega à
fase adulta", disse a mulher, que percebeu o problema da menina ao notar
que ela não conseguia parar sentada. “Ela é muito molezinha. Não tem
firmeza. Se mexe sozinha, mas não senta. O médico disse que nessa doença
ela vai perdendo os movimentos do corpo, parando por fora e por dentro,
em tudo que tem nervo”.
No caminho, Alex tem recebido a ajuda de voluntários para percorrer o
trajeto de 122 km até a capital gaúcha. Sem orientação, a família espera
contar com a solidariedade para tentar resolver a doença da menina. A
esperança é levá-la para tratamento fora do país. Para quem quiser
oferecer ajuda, o telefone de contato é (51) 9943-0174.
Alex da Rosa já perdeu uma filha com o mesmo problema há alguns anos (Foto: Giovani Grizotti/RBS TV)
FONTE G1.
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