domingo, 17 de março de 2013

Escola brasileira é selecionada para integrar programa da Microsoft


Escola brasileira é selecionada para integrar programa da Microsoft

Iniciativa destaca instituições que implementaram com sucesso modelos inovadores de ensino


Divulgação
RIO DE JANEIRO – O Colégio Estadual José Leite Lopes /Núcleo Avançado em Educação (Nave), do Rio de Janeiro, recebeu o reconhecimento da Microsoft como a única escola brasileira entre as 33 mais inovadoras do mundo. A partir de agora, o colégio fará parte do Microsoft InnovativeSchools World Tour, iniciativa que destaca as instituições que implementaram com sucesso modelos inovadores de ensino. O título foi entregue na última quinta-feira (14). De fato, o título é para o Nave, programa implementado em Pernambuco no ano de 2006, com a inauguração da Escola Estadual Cícero Dias, no bairro de Boa Viagem. O colégio fluminense funciona em parceria com diversas instituições, entre elas a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC – RJ) e o Centro de Estudos Avançados do Recife (Cesar).
Para o presidente da Oi Futuro, José Augusto da Gama Figueira, receber o mais alto reconhecimento dentro da Microsoft reflete o trabalho de sete anos do programa para contribuir com a qualidade e a inovação da educação no Brasil. “Acreditamos que os bons resultados são fruto de nossa aposta no uso da tecnologia como linguagem para transformar o ambiente escolar e atrair o jovem. Buscamos preparar os jovens para o mundo contemporâneo”, destacou Figueira.
Segundo o presidente da Microsoft no Brasil, Michel Levy, combinar educação e tecnologia da informação representa um poder de transformação. “A tecnologia da informação não é o fim, mas o meio pra transformar a metodologia de aprendizagem. Não é o fato de colocar um tablet, uma conexão de banda larga que faz a diferença, é preciso muito mais do que isto para que uma escola se torne uma referência como o Nave. Agora é replicar este modelo para oferecer as mesmas oportunidades para outros jovens.”
O subsecretário de Gestão da Rede e de Ensino do Rio de Janeiro , Antônio Neto, acredita que o legado que desse reconhecimento é aquilo que o Nave pode sinalizar para o Brasil. “Hoje, o MEC está atordoado, olha para o Ensino Médio pensando o que fazer. Olhando para essa escola vemos exatamente do que o jovem precisa, para onde o Ensino Médio tem que caminhar”, comentou Antônio Neto. Ele destacou ainda que o objetivo do governo é fazer com que todas as escolas estaduais tenham o ensino integrado até 2023.
Matheus Francisco, de 16 anos, aluno do 2º ano do Ensino Médio, destaca como diferencial a oportunidade de estudar e desenvolver projetos com alunos de outros cursos. “No primeiro ano, nós estudamos as disciplinas básicas e acabamos tendo uma noção de cada área, antes de escolher o que queremos. Ainda ajudamos alguns professores a melhorar a relação deles com a tecnologia”, revelou o jovem que é aluno do curso de elaboração de roteiro.
Modelo inovador
No programa Nave, os estudantes cursam o Ensino Médio integrado ao profissionalizante. Só no 1º ano, os alunos pagam 24 disciplinas que integram a grade regular e o curso técnico. Com horário escolar das 7h às 17h, os estudantes se dedicam às disciplinas regulares e técnicas, além de se dedicarem a projetos que envolvem alunos de outras turmas. Atualmente, cerca de 960 alunos e 100 professores integram as escolas do Nave, no Recife e na capital fluminense.
O Colégio Estadual José Leite Lopes, no Rio de Janeiro, oferece os cursos técnicos de elaboração de roteiros, programação de jogos e multimídia. Já na Escola Estadual Cícero Dias, localizada no bairro de Boa Viagem, tendo em vista a vocação do Estado para o desenvolvimento de games, os cursos técnicos são de programação de jogos e design de jogos.

Para ingressar no programa, os interessados passam por uma seleção composta por provas de português, matemática e redação. A escola carioca abre anualmente 160 vagas, enquanto a pernambucana oferece 180 oportunidades. Das vagas oferecidas, 90% são destinadas aos alunos da rede pública de ensino, 5% são para os da rede particular e 5% para os portadores de deficiência física.
FONTE FOLHAPE
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