Mãe e filha queimadas em Carpina não correm risco de morte

Violência

Mãe e filha queimadas em Carpina não correm risco de morte

Mesmo assim, seu estado de saúde é preocupante. Menina sofreu traumatismo crânio-encefálico e rosto da mulher está deformado

Menina está internada no setor de neurologia do Hospital da Restauração

Foto: Hélia Scheppa / JC Imagem

Luzia Ana dos Santos, 46, e sua filha de 5 anos Maria Luiza dos Santos não correm risco de morte. No entanto, as agressões sofridas na manhã desta quinta-feira (28) devem deixar graves sequelas. Elas foram queimadas e espancadas na própria residência, na cidade de Carpina, Zona da Mata do Estado. O rosto da mulher está deformado. Já a criança sofreu traumatismo crânio-encefálico e pode desenvolver um edema cerebral.

De acordo com o diretor do Centro de Tratamento de Queimados do HR, Marcos Barreto, a mulher e sua filha sofreram queimaduras de segundo e terceiro graus. Elas ainda foram espancadas com uma pedra e sofreram traumatismos ao longo do corpo.

A menina está no setor de neurologia da unidade de saúde e vai ficar em observação nas próximas semanas por causa de um traumatismo craniano. A equipe médica vai acompanhar a evolução do tratamento para tentar evitar que seja formado em edema cerebral. Ela sofreu três crises convulsivas antes de chegar ao hospital. As queimaduras atingiram cerca de 20% do corpo.

Já Luzia foi mais atingida pelas queimaduras e está internada no setor de queimados do HR. Ela está com cerca de 30% do corpo queimado. A maior parte dos ferimentos é de terceiro grau e atingiu o rosto, o tronco e os membros superiores da mulher. Luzia também inalou bastante fumaça e foi agredida diversas vezes na face. Ela está com traumas na face e as maxilas fraturadas. Seu rosto está desfigurado e pode não ser recuperado.

CARPINA - O ex-cunhado de Luzia, Eduardo Alves de Souza, de 47 anos, é acusado de ter ateado fogo na mulher e em sua filha. Ele foi encaminhado para a Delegacia de Carpina, mas nega ter praticado o crime. Amigas de Luzia afirmam que Eduardo já havia ameaçado a ex-esposa e teria agredido a ex-cunhada porque a culpava pela sua separação.

Na saída do Hospital da Restauração, no Recife, duas amigas de Luzia comentaram o fato:

A Polícia também ouviu vizinhos das vítimas e encontrou uma garrafa de álcool e uma pedra de paralelepípedo na casa delas. Esses materiais teriam sido usados por Eduardo, conhecido como o Vaqueiro, para agredir Luzia e Maria Luiza. Segundo policiais da Delegacia de Carpina, ele deve ser levado à Cadeia de Lagoa do Carmo ou ao presídio de Limoeiro.

FONTE JC ON LINE.