Educação // Denúncia
Sindicato acusa escolas de pressionar professores a aceitar calendário para Copa
Proposta alteraria férias escolares de julho. Professores afirmam que só decidirão em assembleia
Ilustração: Keziah Costa / NE10
Malu SilveiraDo NE10
O Sindicato dos Professores de Pernambuco (Sinpro) acusa os donos de
escolas da rede particular no Estado de pressionar a categoria a aceitar
o calendário letivo proposto para 2014.
Devido à Copa do Mundo, a proposta é que o início do primeiro semestre
escolar seja em 3 de fevereiro e termine em 11 de junho, um dia antes da
estreia do Mundial, que terá jogos no Grande Recife. O segundo semestre
teria início em 14 de julho. Os professores reclamam também de uma
suposta tentativa de boicote do setor privado de ensino à assembleia
geral dos docentes marcada para a próxima segunda-feira (7), na sede do
Sinpro, no bairro da Boa Vista, área central do Recife, e
simultaneameante nas sedes em Caruaru, Petrolina e Limoeiro.
No dia 13 de setembro, o Sindicato das Escolas Particulares de Pernambuco (Sinepe) lançou proposta de mudança do calendário letivo. Dessa forma, as férias de julho sofreriam alterações. Após a proposição, representantes do Sinpro decidiram convocar os professores a debater tal medida em assembleia, mas, segundo o sindicato, muitas unidades de ensino não permitiram a visita às escolas. "Quando nós passamos a fazer visitas nas escolas, o que é um direito garantido pela lei, começaram a ocorrer diversos impedimentos, até mesmo para que os professores não compareçam à assembleia", afirma o coordena dor geral do Sinpro, Jackson Bezerra.
Para Bezerra, o posicionamento das escolas é uma forma de impedir uma nova proposta, desta vez feita pelos professores. "Eles sabem que a assembleia do Sinpro nunca é esvaziada. Acreditamos que isso é uma medida para que não haja um aprofundamento de uma decisão", defende.
No dia 13 de setembro, o Sindicato das Escolas Particulares de Pernambuco (Sinepe) lançou proposta de mudança do calendário letivo. Dessa forma, as férias de julho sofreriam alterações. Após a proposição, representantes do Sinpro decidiram convocar os professores a debater tal medida em assembleia, mas, segundo o sindicato, muitas unidades de ensino não permitiram a visita às escolas. "Quando nós passamos a fazer visitas nas escolas, o que é um direito garantido pela lei, começaram a ocorrer diversos impedimentos, até mesmo para que os professores não compareçam à assembleia", afirma o coordena dor geral do Sinpro, Jackson Bezerra.
Para Bezerra, o posicionamento das escolas é uma forma de impedir uma nova proposta, desta vez feita pelos professores. "Eles sabem que a assembleia do Sinpro nunca é esvaziada. Acreditamos que isso é uma medida para que não haja um aprofundamento de uma decisão", defende.
Para presidente do Sinpro, Jackson Bezerra, medida serve para que não haja aprofundamento de uma decisão (Foto: Divulgação / Sinpro-PE)
O coordenador do Sinpro afirma também que o sindicato recebeu inúmeras denúncias de professores que afirmam que algumas escolas já veiculam entre pais e alunos proposta de início de aulas já em janeiro de 2014. "Isto para nós é uma grande surpresa. Apesar da proposta do patronato ter sido apresentada para nós, há diversas escolas que já estão passando ofício mudando também o início das aulas em Pernambuco para o mês de janeiro. Só que no mês de janeiro temos recesso escolar", ressalta Jackson Bezerra.
O presidente do Sinepe, José Ricardo Diniz, afirmou desconhecer tais acusações do Sinpro e que a denúncia chegou através da reportagem do NE10. "O sindicato não tem conhecimento desta atitude de diretores de escolas. Realmente para mim, como presidente, não posso falar nada porque estou ouvindo a partir do que você está falando. Não me chegou nenhum questionamento do sindicato (dos professores). Não posso avaliar em cima de suposições", defende.
Sobre a denúncia de que instituições de ensino já estariam veiculando calendário para início de aulas em janeiro de 2014, Diniz reitera que o único caso reportado ao Sinepe foi apurado. "Eu recebi uma colocação que havia uma escola de uma determinada rede que já estava com calendário com início (das aulas) para janeiro de 2014. Verificamos e não havia nada disso", explica. Para Diniz, os ofícios espalhados nessas instituições devem ser enviados diretamente à direção do sindicato. "Como podemos dialogar com estas escolas se nem sabemos quais são?! Prestará um grande serviço ao sindicato quem nos enviar estes ofícios", defende.
A alteração no período das férias dos professores, já programada há muitos anos para o mês de julho, é um fator excepcional, analisa o presidente do Sinepe. "É um evento que vai mexer com toda a cidade. É uma coisa bem maior do que estar apenas discutindo assunto de férias. Nós respeitamos a história, mas, para seguir este momento único, é preciso que a gente faça afrente à excepcionalidade do momento", ressalta Diniz.
FONTE NE 10.
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